quarta-feira, 1 de abril de 2020

Abril...águas (e livros) mil


Il. Pilar Centeno


Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
As manhãs de abril são boas para dormir.
Abril, abril, está cheio o covil.
Abril, ora chora, ora ri.
Abril molhado, sete vezes trovejado.
Em abril a natureza ri.
Em abril, águas mil coadas por um funil.
Em abril águas mil.
Em abril queima a velha o carro e o carril.
Em abril, cada pulga dá mil.
Em abril, lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
Em abril, vai onde deves ir, mas volta ao teu covil.
Inverno de março e seca de abril, deixam o lavrador a pedir.
Não há mês mais irritado do que abril zangado.
No princípio ou no fim, costuma abril a ser ruim.
Quando vem março ventoso, abril sai chuvoso.
Quem em abril não varre a eira e em maio não rega a leira, anda todo o ano em canseira.
Uma água de maio e três de abril valem por mil.
Abril chuvoso, maio ventoso, fazem um ano formoso.
Não há mês mais irritado do que abril zangado.
O vinho e abril é gentil.
Em lua de abril tardia, nenhum lavrador confia.
O grão em abril, nem por semear nem nascido.
Vinha que rebenta em abril dá pouco vinho para o covil.
Tarde acordou quem em abril podou.
Abril, tempo de cuco, de manhã molhado e à tarde enxuto.
O grão em abril, nem por semear nem nascido.
Mau é por todo o abril ver o céu a descobrir.
A aveia, até abril, está a dormir.


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