O Mar - trabalho de Ana Gabriela Anjos - 6ºA |
O mar é, para mim, meigo e delicado mas, também, por vezes cruel. É o desejo de ir mais além, o desejo de conhecer algo novo, algo diferente, algo que me surpreenderá.
Querer afastar-me nas suas profundezas, mas, também, voltar um dia. Deliciar-me em todas as suas ondas, porque elas embalam-me como se ouvissem uma bela música...umas vezes calma, outras um pouco mais mexida.
Não vou negar que o mar me atrai. Há várias formas e aspetos de ver o mar. Muita gente vê o mar como uma simples diversão e lazer de verã. Muita gente vê o mar como aquele magnifico laranja ao pôr-do-sol.
Mas eu vejo o mar como aquele mesmo mar imenso que me separa de alguém. Aquele mar que um dia me trouxe tristeza e depressão. Por isso, por vezes, sinto que ele é cruel comigo. Mas do mar podemos esperar tudo. Ele não me quis magoar, simplesmente ensinou-me que, por vezes, nem tudo o que queremos é o que sai na rede dos pescadores.
Ele pode parecer cruel nas noites de inverno, mas, como toda a gente, tem os seus dias maus. O mar tornou-se um amigo, para mim. Por vezes, ele ouve-me, assim como eu também o ouço.
O enrolar das ondas faz-me lembrar as mentiras que, ocasionalmente, nós vamos dizendo, talvez não por necessidade, mas elas vão-se enrolando tal como as ondas...é mentira atrás de mentira, onda atrás de onda. Mentiras que quando são descobertas, levam a um grande colapso...o mesmo que acontece com as rochas. Acho incrível a imensidão que ele consegue suportar, assim como muita gente suporta vários problemas.
O mar é forte, confiável e sincero, ele não esconde nada, nem nenhum segredo; nós é que não queremos ver.
Cláudia Filipa Oliveira - 9ºB
(Semana da Leitura 2013 - Concurso "O Mar", texto livre)
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