terça-feira, 20 de março de 2012

20 de Março: Lembrar Liu Xiaobo

Liu Xiaobo, prémio Nobel da paz de 2010, ativista dos direitos humanos.


...a leitura de poemas e textos de Liu Xiaobo



 One Morning

To Xia going alone to Tibet

One morning
A morning of yawn and fatigue
I guessed
Between you and the plateau
The sky appeared
Incredibly far-reaching
With no cloud nor wind nor fog
Its transparent blue was particularly confusing

When you were leaving
I was very calm
As soon as your back disappeared
A longing for love grew in the distance
Like the lines on the little palm of a child
Another person was walking
Windingly across my body
To seek a sole word

Words fly without wing
As smell guides the soul
The morning light was uneasily fluttering
There was a slightly strange feeling
Like a new pair of shoes
You prepared for this traveling

The shaken time
Got my dream pregnant but unwed
The jokul of hypoxia
Was greedily sucking
The first smoke you blew out


14 July 1993


 (Da Carta 08 - um manifesto assinado por 303 intelectuais e activistas dos direitos humanos)
Este ano é o 100.º aniversário da Constituição Chinesa, o 60.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o 30.º aniversário do Muro da Democracia e o 10.º ano desde que a China assinou a Convenção Internacional dos Direitos Civis e Políticos. Depois de experimentar um prolongado período de desastres dos direitos humanos e uma tortuosa luta e resistência, os cidadãos chineses estão cada vez mais e com maior clareza reconhecendo que a liberdade, igualdade e direitos humanos são valores universais comuns compartilhados por toda a humanidade, e que a democracia, a república e o constitucionalismo constituem o arcabouço estrutural básico da governação moderna. Uma "modernização" ausente destes valores universais e deste arcabouço político é um processo desastroso que priva os homens de seus direitos, corrói a natureza humana e destrói a sua dignidade. Para onde a China se encaminhará no século XXI? Continuará uma "modernização" sob este tipo de autoritarismo? Ou reconhecerá os valores universais, assimilados em comum nas nações civilizadas e construirá um sistema político democrático? Esta é uma decisão fundamental que não pode ser evitada.

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